A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta quinta-feira (16), a 14ª fase da Operação Lesa Pátria. Conforme a PF, essa operação visa identificar pessoas que promoveram e participaram dos ataques às sedes dos Três Poderes, ocorrido em 8 de janeiro, em Brasília.
Os alvos desta fase da operação são suspeitos de terem promovido o movimento chamado de “Festa da Selma”, que na verdade era um codinome previamente utilizado para se referir às invasões.
Ao todo foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal, nos estados da Bahia, Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina e no Distrito Federal.
Conforme o órgão, nesta data o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por manifestantes que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos destas instituições.
Operação da PF investiga uma série de crimes
As investigações da PF constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.
Ainda conforme a Polícia Federal, o termo “Festa da Selma” foi usado para convidar e organizar o transporte para as invasões ocorridas em 8 de janeiro. Além disso, a PF aponta que esse codinome também repassava detalhes sobre coordenadas e instruções para as invasões aos prédios públicos.
A PF aponta ainda que os organizadores recomendavam não levar idosos e crianças. O codinome “Festa da Selma” teria ainda o propósito de instruir os envolvidos para se preparar para enfrentar a polícia e defendiam, ainda, termos como guerra, ocupar o Congresso e derrubar o governo constituído.
As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.
Por: nd+