Elma Clara de Souza, de 99 anos, que sobreviveu a uma forte enchente que assolou parte do Rio Grande do Sul, e sobreviveu depois de ter ficou oito horas agarrada a um parreiral de uva, morreu na quinta-feira, 14. Elma Clara de Souza estava hospitalizada em Encantado. A morte da idosa eleva para 48 o número de pessoas que não resistiram aos fortes eventos climáticos.
A família da idosa informou que Elma sofria de insuficiência renal. O caso foi agravado por um quadro de hipotermia adquirido na enchente.
Elma recebeu alta da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no último sábado, 09, e foi para o quarto. Havia expectativa de que ela voltasse para casa com a recuperação.
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A neta dela, Juliana Berger, acredita que a aposentada sobreviveu para se despedir. O velório de Elma será realizada na Câmara de Vereadores de Roca Sales, nesta sexta-feira, 15.
Elma estava em casa sozinha com a cuidadora quando a água do Rio Taquari, que subiu 13 metros, invadiu a casa onde ela morava. A força da enxurrada derrubou as paredes e arrastou as duas.
SAQUE-CALAMIDADE – Os atingidos pelas tempestades provocadas pelo ciclone extratropical começaram a receber o saque-calamidade do governo federal. Por enquanto, apenas os moradores de Arroio do Meio e Encantado conseguem o benefício. O valor pode chegar a R$ 6.220,00 por conta do fundo de garantia por tempo de serviço.
A sequência de tempestades que atingiu o estado deixou prejuízos de mais de R$ 3 bilhões, segundo o último levantamento da Confederação Nacional de Municípios. Mais de 14.500 casas foram danificadas ou destruídas. O governador do Estado, Eduardo Leite, disse que vai construir casas de passagem até que as novas residências fiquem prontas para os desalojados e desabrigados.
Por: danimeller